A Prefeitura do Recife lança, nesta segunda-feira (17), o Programa Família Acolhedora. Pioneiro no Estado, o programa tem como meta promover a reinserção familiar de crianças, com idades de 0 a 11 anos, que estejam em situação de risco pessoal e social, em casas de famílias que vierem a aderir ao programa. A sua base consiste numa alternativa à não-institucionalização e está garantida na Lei Municipal N.º 17.255/2006, além do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). O programa será executado pelo Instituto de Assistência Social e Cidadania (Iasc), autarquia da Secretaria de Assistência Social do Recife. O lançamento acontece, às 8h, no Recife Praia Hotel (zona Sul do Recife).
Segundo a titular da Gerência de Equipamento de Acolhida de Crianças e Adolescentes do Iasc, Jailda de Castro, a proposta do programa não é a de substituir as casas de acolhidas existentes no Recife, mas servir como suporte alternativo a esta realidade, por tempo determinado de até seis meses. “O acolhimento será nas residências das famílias acolhedoras, onde a criança permanecerá em ambiente afetivo e seguro de convivência familiar e comunitária, até que seja possível e garantida a sua reintegração à família de origem”, explicou.
No início, 60 famílias (sendo 30 de origem e 30 de acolhimento) serão acompanhadas pela equipe técnica do Iasc e do Núcleo de Apoio a Reinserção Familiar (NARF), por intermédio do Juizado da Infância e da Juventude, antes e depois da reinserção familiar. O tempo médio de permanência destas crianças será de até seis meses. “Mas cada caso é específico. Uns duram mais e outros até menos. Mas isso depende da avaliação de cada caso para poderem voltar à família de origem”, disse Jailda de Castro. Atualmente, existem 18 casas de acolhidas no Recife, sendo seis de responsabilidade do Iasc, sete da Fundação Estadual da Criança e do Adolescente (Fundac) e cinco da sociedade civil.
A equipe técnica do Iasc que vai participar do programa é composta por duas assistentes sociais, duas psicólogas, uma coordenadora (que é assistente social) e um educador social.
Critérios – Para poder se candidatar a ser uma família acolhedora, as pessoas, ou mesmo o indivíduo, deve ser maior de 21 anos (sem restrição de gênero, raça e estado civil); comprovar idoneidade em relação a antecedentes criminais; residir no município por um tempo mínimo de dois anos e gozar de boa saúde biopsicossocial. Mais informações pelo telefone 0800.2810248. Cada família acolhedora terá uma capacitação de 30 horas, proferida pela equipe técnica do Iasc, na sua sede - rua Imperial, 203, bairro de São José (Centro).
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