A Prefeitura do Recife, através da Secretaria de Saúde, participará da 8º Reunião do Grupo Regional de Gerentes de Programas Nacionais para Eliminação da Filariose Linfática. O encontro ocorrerá, entre os dias 17 e 19 deste mês, em Santo Domingo, na República Dominicana. O convite partiu da Organização Mundial de Saúde (OMS), principal entidade internacional de saúde pública. A diretora de Vigilância à Saúde da Prefeitura, Adeilza Ferraz, estará no encontro representando o Recife, juntamente com especialistas do mundo inteiro. Ela viaja nesta sexta-feira (14) para a República Dominicana. Além dela, a Secretaria Estadual de Saúde estará presente no evento, cujo objetivo principal é avaliar o trabalho que vem sendo desenvolvido pelos países, estados e municípios ao redor do mundo para eliminação da filariose.
O compromisso internacional é de acabar a doença infecto-parasitária até 2020. Na capital pernambucana, uma das áreas endêmicas do País, a filariose vem sendo tratada como compromisso da gestão João Paulo. Através do Programa de Controle da Filariose, reestruturado em 2002, o município vem atuando sob quatro eixos básicos: a capacitação dos profissionais de saúde, o controle vetorial (captura de mosquitos, aplicação de larvicida, limpeza dos canais e telagem das fossas sépticas nas áreas de risco), mobilização social e tratamento coletivo.
Iniciado em 2003, o tratamento coletivo vem aumentando a cada ano o número de recifenses cobertos pela ação. No primeiro ano, 18.087 pessoas dos bairros de Água Fria (Córrego do Deodato e Alto do Deodato) e Alto Santa Terezinha (Alto do Pascoal) foram tratadas. Em 2007, além desses dois bairros, a ação foi ampliada para localidades de Campo Grande, Brejo de Beberibe, Passarinho e Alto José Bonifácio, onde 53.283 moradores foram tratados.
A filariose, doença transmitida pela muriçoca (Culex quinquefaciatus), provoca edema nas pernas, braços, mamas e testículos. No Brasil, a doença é endêmica na Região Metropolitana do Recife. No inquérito amostral realizado entre 1999 e 2000 na capital, a prevalência encontrada de pessoas infectadas foi de 1,3% na população.
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