Foto: Marcelo Lyra Nem o asfalto morno do final de tarde intimidou o público infanto-juvenil que compareceu ao Pólo Mangue, no Cais da Alfândega (Bairro do Recife), nesta segunda-feira de Carnaval, para acompanhar as atrações do Recbitinho – programação infantil do Festival Rec Beat. Centenas de pais, tios, avós e crianças, muitas delas fantasiadas de fadinhas, piratas, passistas e super-heróis, assistiram e participaram atentamente das atrações do dia: o Coco de Umbigadinha (PE) e o Circo Zé Brasil (SP).
Versão infantil do coco de umbigada, tradição centenária dos folguedos pernambucanos, o grupo, comandado por Beth de Oxum e Quinho dos Caetés, abriu a programação de forma contagiante. No palco, 15 meninos e meninas botaram todo mundo para dançar ao som de congas, azabumba, pandeiro e ganzás. “Nunca vi nem ouvi nada parecido. Agora entendo porque vocês apregoam tanto a multiculturalidade pernambucana, achei fantástico”, resumiu a professora paranaense, Alicia Dornelles, de 38 anos.
Sentada no asfalto em frente ao palco, a “fadinha” Marta Albuquerque, de 9 anos, assistia tudo com os olhos brilhando. “O coco foi legal, mas também gosto muito de circo”, disse, referindo-se ao quarteto de palhaços que surgia em sua frente. Comandados por Zé Brasil, ou melhor Fernando Nogueira, o grupo, que leva o seu nome, de São Paulo (SP), apresentou um show performático pra lá de divertido, com muitas acrobacias e brincadeiras. “Eu tiro o chapéu para a Prefeitura do Recife pelo apoio que dá a cultura local, mas também por abrir espaço a pessoas de fora, num intercâmbio sadio e democrático”, ressaltou Nogueira.
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