Foto: Carlos Oliveira A população do Recife aprende desde cedo o significado do Carnaval. No Pólo das Fantasias, na Praça do Arsenal (Bairro do Recife), neste sábado (5), à tarde, foi possível saber o porquê. As crianças já passam a ser foliões, muitas vezes, nos colos de seus pais, que levam os filhos para conheceram todos os encantos e cores da festa. No local, as crianças se divertiam com as atrações da programação infantil do Carnaval Multicultural do Recife, como espectadores ou mesmo como artistas, tocando e cantando nos grupos.
No palco, se apresentaram o Urso Cangaçá, Caboclinho 7 Flechas (mirim), Maracatu Mirim de Baque Virado Nação Erê, Maracatu Nação Estrelar, Cia de Dança Construtiva de Jáflis Nascimento, grupo de passistas do Balé Brincantes e Orquestra de Frevo Tangarás.
O 1º maracatu infantil de Pernambuco, o Nação Erê, fundado em 1993, encantou o público com seu ritmo. O grupo, que faz parte do Centro de Educação Popular de Brasília Teimosa, subiu ao palco com 50 integrantes, cantando composições das próprias crianças. A coordenadora geral da instituição, Maria Tenório, explicou que eles realizam atividades culturais e fazem um trabalho educativo com a garotada. “O Carnaval do Recife representa a força e a valorização da nossa cultura”, enfatizou. Nalda Araújo, moradora de Boa Viagem, que levou os três filhos para assistirem o maracatu, concorda com ela. “O bom de nosso Carnaval é a essa riqueza de ritmos”, disse.
Já a enfermeira Geuza Guerra levou a filha Dora, de 8 anos, para assistir à programação do Pólo das Fantasias. “O Carnaval tem que ser plural e o do Recife é assim. A descentralização foi uma grande idéia, pois a população tem várias opções e locais para brincar”, finalizou.
Com 110 componentes, todos crianças e adolescentes de três a 16 anos, o Maracatu Nação Estrelar, de Chão de Estrelas, foi outro grupo que mostrou a força do folclore pernambucano. Fundado em 1994, o maracatu faz parte do Centro Cultural Daruê Malungo. “No Daruê, a gente sai e se diverte. Se eu estivesse na rua, poderia estar fazendo o que não presta”, acredita Rafaela, de 11 anos, uma das integrantes do grupo, que sonha em viajar e se tornar famosa. “Estamos garantindo o nosso futuro”, conclui.
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