Foto: Alexandro Auler O batuque ritmado do Maracatu de Baque Solto, também conhecido como Maracatu Rural, tomou conta do Pólo Multicultural, no Marco Zero, na noite deste sábado (5), quando subiu ao palco o mestre Salustiano e a Banda Sonho da Rabeca. Um dos homenageados do Carnaval deste ano, ao lado de Dona Santa, do Maracatu Nação (Baque Virado), já falecida, Mestre Salu, de 59 anos, deliciou os foliões com sucessos de seu repertório já consagrado pelo povo, como “Toadas do Cavalo Marinho” e “Maracatu Rabecado”, além dos galopes, versos e quadras característicos do folguedo, um dos mais populares do nordeste brasileiro.
“Quando mais me apresento para vocês, mais jovem fico”, disse Salu, para delírio da platéia. Um pouco antes de subir ao palco, ele disse que estava muito contente em ser um dos homenageados da folia, este ano. “Acho importante quando se procura homenagear uma pessoa ainda em vida, como no meu caso. Acho que a escolha da Prefeitura do Recife é um reconhecimento especial, porque dá muita motivação para continuarmos na luta pela cultura do povo”, ressaltou o mestre.
De acordo com Salu, em sua banda de 22 componentes, entre bailarinos, batuqueiros e músicos, estão cinco de seus filhos, “todos comprometidos com a cultura popular”. No eclético público presente ao Marco Zero, um par de pequenos olhos brilhava diante do som da rabeca de mestre Salu. Bianca, de oito anos, ao lado da mãe, Marinalva, veio de Catende, no interior do Estado, para acompanhar a apresentação. “Eu sempre vou com minha mãe para as fazendas e outras cidades da região ver o maracatu rural, acho lindo”, resumiu.
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