Foto: Fernando Silva



Foto: Fernando Silva

O carnaval do Recife não pára nunca. Esta afirmação pôde ser comprovada na ensolarada tarde deste sábado (9), durante as comemorações dos 101 anos do Frevo. Sob a batuta do maestro Spock e tendo como carro-chefe o multi-artista Antônio Carlos Nóbrega, centenas de pessoas acompanharam uma orquestra composta por 40 músicos e fizeram um verdadeiro arrastão da folia que começou na Praça do Arsenal e foi até o Marco Zero. No palco central do carnaval, Nóbrega deu uma verdadeira aula de frevos conhecidos pelo público sendo acompanhado por uma série de convidados.

O folião que trocou o final de tarde na praia pelo centro do Recife não se arrependeu. Lá ele encontrou outros iguais que também fizeram a mesma opção: curtir um dos últimos momentos do carnaval. No palco da Praça do Arsenal, blocos deram os últimos passos carnavalescos de 2008. Foliões como os que compõem o bloco lírico Memórias da Infância, composta totalmente por crianças.

Na seqüência entraram em cena o maestro Spock e sua banda sendo puxada por Antônio Carlos Nóbrega. “Estou convidado a todos para fazer um passeio até o Marco Zero onde vamos fazer uma roda de frevo com todos vocês”, disse Nóbrega convocando a multidão que estava presente. “Não pude comemorar o carnaval aqui porque estava trabalhando em Fortaleza. Como peguei uma folga de uma semana, corri para cá para poder respirar um pouco de frevo”, disse a jornalista Vanessa Campos.

Os turistas que esticaram o carnaval até este final de semana também deram uma ‘passadinha’ no bairro do Recife Antigo. “Estava com um grupo enorme durante o carnaval e agora ficamos só eu e mais três amigos. Mas quando soubemos que iria ter esta maratona de frevo, não tivemos dúvidas e corremos para cá”, comentou a estudante piauiense Socorro Monteiro.

No Marco Zero a euforia tomou conta dos presentes. Antônio Nóbrega abriu os trabalhos com o frevo Evocação número 3, de Nelson Ferreira. “Vamos cantar frevos pouco tocados mas nem por isso pouco conhecidos”, disse o músico. Durante toda sua apresentação Nóbrega recebeu vários convidados. Convidados como o trombonista Nilsinho que deu um verdadeiro show soprando um dos mais difíceis instrumentos musicais. Porém, independentemente de quem estava em cima do palco, quem estava no chão só queria uma coisa: frevo, frevo e mais frevo.