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Foto: Paulo Lopes Encontros de ritmos, artistas e foliões marcarão o Carnaval Multicultural Recife que, neste ano, terá como slogan “O Carnaval dos Grandes Encontros”. Prova disso é a extensa programação, divulgada pelo secretário de Cultura, João Roberto Peixe, nesta sexta-feira (28), que prevê momentos inesquecíveis ao colocar lado a lado nos palcos dos 16 pólos (oito centralizados e oito descentralizados) artistas consagrados nacionalmente.
Ao todo, serão 171 atrações de palco, 226 agremiações que estarão distribuídos nos 16 pólos principais e 530 blocos que estarão nos 29 polinhos distribuídos nas comunidades. De acordo com Peixe, o custo total do Carnaval de 2005 é de aproximadamente R$ 13 milhões. Diariamente, cerca de dois milhões de pessoas devem circular pelas principais pontos de folia.
Logo na abertura da festa de Momo, que acontecerá na próxima sexta-feira (4) no Marco Zero, os foliões poderão presenciar a apresentação de 400 batuqueiros de 11 nações de maracatu e um coral formado por 120 crianças das comunidades da Pina, Coque e Brasília Teimosa sob o comando do percussionista Naná Vasconcelos. Logo em seguida, será a vez dos pernambucanos conferirem o encontro dos maiores representantes do Manguebit. As bandas Nação Zumbi e Mundo Livre S/A reúnem-se, formando a Orquestra Manguefônica.
Encontros - No Sábado de Zé Pereira, ainda no Pólo Multicultural no Marco Zero, será a vez do cantor Silvério Pessoa fazer show e convidar os amigos Lenine, Pedro Luís – da banda Pedro Luís e a Parede - e Lula Queiroga. No mesmo dia, o grande homenageado da festa, Mestre Salustiano, fará sua apresentação. A noite ainda reserva o encontro da cantora Elba Ramalho com a Spok Frevo Orquestra, fazendo um espetáculo grandioso baseado no principal ritmo pernambucano, o frevo.
Os grandes encontros também estarão presentes na segunda-feira. No Marco Zero, Belo Xis, Dona Ivone Lara e Beth Carvalho cantam juntos mostrando o melhor do samba e provando que a diversidade de ritmos é uma grande característica do Carnaval recifense. Nos pólos Fantasias, Todos os Ritmos, Afro e Chão de Estrelas, os blocos líricos, mascarados, caboclinhos, bois, ursos, maracatus, índios, blocos afros e afoxés estarão promovendo encontros especiais nos quatro dias de folia.
Apoteose – A noite de encerramento, na terça-feira, será marcada por um encontro apoteótico entre artistas e agremiações. Apresentações de clubes, blocos, troças, maracatus de baque solto e virado, caboclinhos e escolas de samba, além dos shows de Claudionor Germano, Antônio Carlos Nóbrega e Alceu Valença, animarão a festa, que terminará com um arrastão pelas ruas do Bairro do Recife promovido pelas orquestras de frevo, o Homem da Meia Noite e clubes de bonecos.
O secretário João Roberto Peixe analisou que desde 2001, primeiro ano em que esteve à frente da organização do Carnaval recifense, a folia momesca vem evoluindo do ponto de vista qualitativo. “Trabalhamos uma mudança de conceito e formatação, transformando a diversidade da nossa cultura no nosso eixo central”, disse.
Democratização - Peixe destacou a democratização da festa, mantida no Recife. “Nosso Carnaval é popular e tradicionalmente de rua. Isso permite uma maior participação da população, que promove um verdadeiro encontro com a cultura local. O nosso Carnaval já está sendo exportado para outros estados como o Rio de Janeiro, que está apoiando os blocos de rua” afirmou.
Ao falar sobre a programação, ele ressaltou a mudança de formato do Bloco da Parceria, que segundo o secretário, veio fortalecer a cultura pernambucana, trazendo atrações que se identificam com as tradições locais. Para o secretário, o elenco de artistas escolhido para animar a festa é um dos pontos altos. “Estamos com programação completa. Conseguimos reunir grandes nomes do nosso Carnaval, como Alceu Valença, Mestre Salustiano, Nana Vasconcelos, Lenine, Otto, Selma do Côco, Claudionor e Nonô Germano, Nação Zumbi, Mundo Livre, Cordel do Fogo Encantado”, argumentou.
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